segunda-feira, 14 de maio de 2012

Praia Paradisíaca

A vida não é fácil para quem trabalha ou estuda... Passamos horas debruçados sobre projetos, planos, enquanto que poucos acabam sendo os momentos em que podemos descansar e aproveitar a vida sem pressões externas, sem as inúmeras obrigações do dia a dia. Estamos sendo felizes?

Por que você não está num lugar como este?

Imagem de Björn Hermansson por Pixabay


Algumas vezes poderíamos nos questionar se não seria melhor abandonar todas nossas ambições de futuro para viver mais no presente. Por exemplo, poderíamos vender todos nossos pertences, comprar uma casa em alguma praia paradisíaca e arrumar um emprego lá mesmo, algo mais humilde, porém o suficiente para manter as contas em dia e que não consumisse tanto tempo. Seríamos mais felizes?

Comentário adicionado em 19/09/13:


Lendo agora esse texto que escrevi há algum tempo, percebo que talvez já tenha uma resposta para essa questão. Para tanto, retiro na íntegra uma parte do meu TCC, em que resumo uma das partes mais importantes sobre a concepção de felicidade para Aristóteles:

A partir de então, torna-se necessário definir a felicidade, e inicia-se esse processo. Para tanto, seria mais fácil se se pudesse determinar primeiro qual a função do ser humano. Por exemplo: se a função do olho é olhar, então, sua finalidade será mais bem alcançada quanto melhor ele puder exercer essa função. Um tecelão será um melhor tecelão quanto melhor exercer sua atividade. Portanto, se existe uma função inerente ao ser humano, o sumo bem inerente a ele (ou a suas ações) será a melhor execução de suas funções (EN 1, 1097b20-1098a1). Além disso, considera-se que um bom ser humano é aquele que realiza bem suas funções, o mesmo se dizendo em relação ao olho, ao carpinteiro, ao escultor.

Essa parte, em seu contexto, resume que, na concepção de Aristóteles, um ser humano é feliz quando realiza bem suas funções. Essa faz-se a base de tudo para a compreensão da felicidade em Aristóteles. É buscando a função do ser humano que ele começa a delinear como ele pode alcançar a felicidade. Enfim, no geral, é essa a ideia.

Com base nisso, posso fazer uma associação com a questão da postagem. Como alguém poderia ser feliz sem fazer quase nada? Quer dizer, se alguém tem uma habilidade única para ajudar pessoas, pode encontrar um sentido para a sua vida na realização de atividades que tornam essa capacidade aplicada da melhor forma possível (numa profissão como bombeiro, enfermeiro, médico). Alguém que tem habilidades artísticas, provavelmente sentir-se-á mais feliz com a realização de tarefas nesse sentido. Enfim, todos nós temos inúmeras habilidades e nos sentimos felizes com a prática de atividades que exploram-nas o máximo possível. Claro, trabalho de mais estressa-nos e causa desprazer, o que pode nos fazer sentir necessidade de tirar férias de tudo (num local como no do texto, se possível). E cada um encontrará, assim, a sua medida, as suas atividades.




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