quinta-feira, 29 de novembro de 2012

A Mosca na Janela

Parece estúpido, mas me peguei hoje filosofando acerca de uma mosca que batia insistentemente contra o vidro, numa tentativa frustrada de o atravessar. Acho que comecei a pensar sobre o assunto para desviar minha raiva de não estar conseguindo descansar por causa do barulho enfadonho que fazia.

Imagem de Ian Lindsay por Pixabay.


O que pensei foi o seguinte, tão simples e claro: esse é um exemplo marcante de como os animais comportam-se como máquinas (pensamento mecanicista), com variáveis dependentes e independentes. Aquela mosca tão tola não era capaz de entender que, apesar de estar enxergando o outro lado, ali existia uma barreira praticamente invisível. Seria muito mais fácil voar um metro mais pela direita e passar pela enorme abertura da janela. Mas ela não tinha essa capacidade mental. Continuou ali por tempo indeterminado, incomodando-me, até... [Saiu voando na direção oposta] ...até que as variáveis mudassem e, assim, seus desejos, suas intenções, também. [E foi a última vez que a vi].




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